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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Energéticos: beber ou evitar?



Atualmente o consumo de bebidas energéticas tem aumentado, principalmente entre os jovens, atletas e motoristas. Não é a toa que segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), entre 2006 e 2010, revelou que o consumo dessa bebida aumentou mais de 300%. São inúmeras as marcas existentes no mercado, ou seja, a oferta desses produtos está crescendo e com variados preços, gerando inclusive dúvidas aos consumidores em suas escolhas.
Os energéticos tem a finalidade de repor as energias gastas durante as atividades, proporcionar mais resistência física, reduzir o estado de sonolência e deixar o indivíduo mais alerta.



Essas bebidas são compostas por substâncias como: inositol, glucoronolactona, taurina, cafeína, guaraná, açaí, ginseng, creatina, ginkgo biloba, vitaminas B6, B12, niacina, riboflavina e ácido pantotênico, corantes e aromatizantes artificiais. O inositol é um isômero da glicose encontrado nos vegetais e nos animais. Ele auxilia na prevenção do acúmulo de gordura no fígado e melhora a cognição, a memória e a inteligência. A glucoronolactona é um tipo de carboidrato, e pode ser encontrada no vinho tinto, nos cereais, na maçã e na pera. Também possui uma função desintoxicante. A taurina é um aminoácido que pode ser sintetizado e ingerido na alimentação. Tem uma função fisiológica importante como a excreção de produtos tóxicos no organismo. Pode ser encontrada nos frutos do mar, nas aves e nas carnes bovinas. A cafeína é uma xantina, a qual acelera a cognição, aumenta a resistência física, diminui a sensação de fadiga e aumenta o estado de vigília, porém em excesso pode diminuir a sensibilidade à insulina, aumentar os níveis de pressão sangüínea e ocasionar dores de cabeça. Geralmente os energéticos apresentam doses mais elevadas desse nutriente.



Os energéticos devem ser consumidos com moderação, pois eles mascaram a sensação de fadiga do indivíduo e podem trazer sérios efeitos colaterais como insônia, agitação, irritabilidade e aceleração ou irregularidade dos batimentos cardíacos. Além disso, essas bebidas podem acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, o que pode resultar em câimbras e, a longo prazo, levar ao desenvolvimento de osteoporose. Inclusive, os energéticos tem poder de gerar dependência.



Muitas pessoas, principalmente os jovens, costumam misturar os energéticos com bebidas alcoólicas, mais comumente os destilados, pois se acredita que a associação de ambas bebidas diminuiria a sonolência e aumentaria a sensação de prazer, ressaltando os efeitos estimulantes do álcool ou diminuindo os efeitos depressores. Porém essa mistura é muito prejudicial à saúde. Essas bebidas podem provocar desidratação, pois a cafeína e o álcool são diuréticos. Essa mistura também pode intensificar os efeitos do álcool, mascarando o estado de embriaguez do indivíduo, já que a pessoa se sente menos sonolenta do que geralmente ocorreria. Desta forma, o indivíduo ingere mais quantidades de bebidas podendo levar a maiores riscos a sua saúde, como convulsões e até morte súbita.



Gestantes, nutrizes, crianças, idosos e pessoas portadoras de enfermidades devem evitar os energéticos e principalmente se misturados com álcool. Procure sempre a orientação de um médico ou nutricionista.



Vale ressaltar que os energéticos são diferentes das bebidas esportivas, chamadas de isotônicos, pois estas possuem em sua composição água, sais minerais e carboidratos, os quais repõem os líquidos, eletrólitos e carboidratos perdidos no suor durante os exercícios físicos mais intensos, como corridas competitivas com mais de 10km, por exemplo.



Fica a dica: se for consumir o energético, limite-se a 1 lata no dia e não misture com bebidas alcoólicas.




Fontes:www.globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao;www.saude.terra.com.br; www.brasilescola.com; Santos, A. S. S. dos, Efeitos da Combinação de Bebidas Energéticas e Álcool, FSP/USP.