Atualmente o consumo de bebidas
energéticas tem aumentado, principalmente entre os jovens, atletas e motoristas. Não é a toa que segundo a Associação Brasileira das Indústrias
de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (ABIR), entre 2006 e 2010, revelou que o consumo dessa bebida aumentou
mais de 300%. São inúmeras as marcas existentes no mercado, ou seja, a oferta desses
produtos está crescendo e com variados preços, gerando inclusive dúvidas aos
consumidores em suas escolhas.
Os energéticos tem a finalidade
de repor as energias gastas durante as atividades, proporcionar mais resistência
física, reduzir o estado de sonolência e deixar o indivíduo mais alerta.
Essas bebidas são compostas por substâncias como: inositol, glucoronolactona, taurina,
cafeína, guaraná, açaí, ginseng, creatina, ginkgo
biloba, vitaminas B6, B12, niacina, riboflavina e ácido pantotênico, corantes e
aromatizantes artificiais. O inositol é um isômero da glicose encontrado nos
vegetais e nos animais. Ele auxilia na prevenção do acúmulo de gordura
no fígado e melhora a cognição, a memória e a inteligência. A glucoronolactona é um tipo de
carboidrato, e pode ser encontrada no vinho tinto, nos cereais, na maçã e na pera.
Também possui uma função desintoxicante. A taurina é
um aminoácido que pode ser sintetizado e ingerido na alimentação. Tem uma função
fisiológica importante como a excreção de produtos tóxicos no organismo.
Pode ser encontrada nos
frutos do mar, nas aves e nas carnes bovinas. A cafeína é uma xantina, a qual
acelera a cognição, aumenta a resistência física, diminui a sensação de fadiga
e aumenta o estado de vigília, porém em excesso pode
diminuir a sensibilidade à insulina, aumentar os níveis de pressão sangüínea e ocasionar
dores de cabeça. Geralmente
os energéticos apresentam doses mais elevadas desse nutriente.

Muitas pessoas, principalmente os
jovens, costumam misturar os energéticos com bebidas alcoólicas, mais comumente
os destilados, pois se acredita que
a associação de ambas bebidas diminuiria a sonolência e aumentaria a sensação
de prazer, ressaltando os efeitos estimulantes do álcool ou diminuindo os
efeitos depressores. Porém essa mistura é muito
prejudicial à saúde. Essas bebidas podem provocar desidratação, pois a cafeína
e o álcool são diuréticos. Essa mistura também pode intensificar os efeitos do
álcool, mascarando o estado de embriaguez do indivíduo, já que a pessoa se
sente menos sonolenta do que geralmente ocorreria. Desta forma, o indivíduo ingere
mais quantidades de bebidas podendo levar a maiores riscos a sua saúde, como
convulsões e até morte súbita.
Gestantes, nutrizes, crianças,
idosos e pessoas portadoras de enfermidades devem evitar os energéticos e principalmente
se misturados com álcool. Procure sempre a orientação de um médico ou
nutricionista.
Vale ressaltar que os energéticos
são diferentes das bebidas esportivas, chamadas de isotônicos, pois estas possuem
em sua composição água, sais minerais e carboidratos, os quais repõem os líquidos,
eletrólitos e carboidratos perdidos no suor durante os exercícios físicos mais intensos,
como corridas competitivas com mais de 10km, por exemplo.
Fica a dica: se for consumir o
energético, limite-se a 1 lata no dia e não misture com bebidas
alcoólicas.
Fontes:www.globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao;www.saude.terra.com.br; www.brasilescola.com; Santos, A. S. S. dos, Efeitos da Combinação de Bebidas Energéticas e Álcool, FSP/USP.