
A tireóide é uma glândula endócrina localizada no pescoço, que tem por função regular o funcionamento do organismo. Ela é responsável pela produção de dois hormônios, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), os quais estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como o coração e os rins.
Quando essa glândula não está em perfeita ordem o corpo se manifesta levando ao desenvolvimento de dois tipos de disfunções: o Hipertireoidismo e o Hipotireoidismo.
O Hipertireoidismo é mais incomum. Ocorre quando há uma liberação exagerada de hormônios acelerando o metabolismo. Os sintomas mais comuns são: agitação física e mental, insônia, irritação e perda de peso.
O Hipotireoidismo já é o tipo mais comum, atinge principalmente as mulheres na menopausa. Ao contrário do hipertireoidismo, o hipotireoidismo diminiu a liberação dos hormônios, deixando o metabolismo mais lento causando diversos sintomas como: desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos e das pernas, lentidão física e mental, aumento de peso (de 3 a 5kg geralmente), sensação de frio excessiva, falta de interesse por tudo, lentidão da fala, do pensamento e dos batimentos cardíacos, problemas no intestino (constipação), lentidão dos reflexos, cabelos e unhas quebradiços e aumento do colesterol.
Os fatores de risco para o hipotireoidismo são: existência de outras doenças como o lúpus, artrite reumatóide, vitiligo, diabetes tipo 1, presença de bócio (aumento de volume da tireóide) e fatores genéticos.
Outras causas que podem levar ao desenvolvimento são: Doença de Hashimoto onde o sistema imunológico ataca a própria glândula tireóide, caracterizando como uma doença auto-imune; tratamentos médicos com o uso de iodo radioativo para o tratamento do hipertireoidismo; cirugia quando se é retirada parcial ou total da glândula tireóide em função de outros de problemas.
O diagnóstico é realizado através de um exame laboratorial que mede o TSH sérico, o qual mede os níveis de hormônios da tireóide. É recomendado que mulheres acima de 60 anos, mulheres com mais de 30 anos que possuem fatores de risco e as gestantes realizem esse exame.
Infelizmente não há cura, mas há controle, o qual a pessoa leva um vida normalmente. O mais comum é feito com reposição hormonal através de comprimidos. Também é fundamental habituar-se a uma vida saudável com uma alimentação balanceada, rica em frutas e vegetais e praticar exercícios físicos.
É muito importante seguir o tratamento medicamentoso, pois sem o tratamento a pessoa pode evoluir para o coma mixedematoso, onde ocorre redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração. Também pode apresentar baixa imunidade levando ao desenvolvimento de outras doenças e infecções e atingir o bom funcionamento de órgãos como o coração, rins e ossos.
Então fique esperto!
