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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Argentina abre guerra contra o saleiro

Província de Buenos Aires tira sal das mesas e reduz condimento nos pães.

As evidências médicas que apontam o excesso de sal como um dos grandes inimigos da boa saúde levaram a uma forte reação oficial na Argentina.

Mesmo sendo o sal um condimento para assados, bifes e saladas banhadas em azeite de oliva, as autoridades resolveram não ser compassivas com a tradição culinária local. Duas medidas encabeçam a blitz argentina contra o sódio: a província de Buenos Aires adotou um programa que tira os saleiros das mesas dos restaurantes, e o governo federal lançou campanha para as padarias cortarem 40% do sal dos pães.

Especialistas ouvidos pelas autoridades para definir as medidas, que, por enquanto, são apenas recomendações, afirmam que os clientes dos restaurantes têm por costume colocar sal nos pratos sem sequer prová-los. No caso dos saleiros escondidos, é importante uma ressalva: a medida foi adotada pela província de Buenos Aires, que não inclui a cidade de Buenos Aires, capital federal e com status de província. Outra ressalva: o sal não está proibido – o que há é a recomendação para não expô-lo. Mas o cliente pode pedir o saleiro ao garçom.

A estimativa na província é de que por volta de 3,7 milhões dos 15,6 milhões de habitantes sofram de hipertensão. Pior: metade dessas pessoas não sabe que é hipertensa.

– O Estado tem de intervir nesse caso, para reduzir o risco de hipertensão, enfermidade que afeta um terço da população argentina e que constitui um dos principais fatores que levam a doenças e mortes cardiovasculares. Cada argentino consome em média 13 gramas de sal por dia, enquanto a recomendação da OMS é que se consuma menos de cinco gramas. Se conseguirmos baixar o consumo diário na província em três gramas, evitaremos 2 mil mortes ao ano – explica o secretário da Saúde da província de Buenos Aires, Alejandro Collia.

O secretário esclarece: mais do que proibitiva, a norma tem objetivo preventivo. E ela tem como norte um estudo argentino segundo o qual a redução de um grama de sal a cada 100 gramas de pão consumido evitaria 60 mil mortes em 10 anos.

Em âmbito nacional, a campanha Menos Sal, Mais Vida prevê que as padarias reduzam o sal ou abram mão de adicioná-lo aos pães. Quem aderiu ganhou um adesivo com o certificado de que comercializa seus produtos de acordo com a orientação da Direção de Promoção da Saúde e Controle de Enfermidades.

Fonte: Zero Hora - http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,3403044,17578